An Overview Of Our Solution
A nossa missão é contribuir para a prevenção e erradicação do tráfico ilegal de animais selvagens através da investigação, educação, networking e contribuição de conhecimento e informação. Formamos atores responsáveis pelo controle e fiscalização em nível nacional, essenciais para a investigação deste complexo crime em uma perspectiva interdisciplinar. Trabalhando em conjunto com colaboradores de todo o país, conseguimos resgatar animais vítimas do tráfico que posteriormente foram soltos. Realizamos palestras e oficinas voltadas para a comunidade, voltadas para o conhecimento e valorização da fauna, com ênfase nas espécies vítimas do tráfico ilegal em cada região. Geramos campanhas de comunicação e divulgação para estimular o papel da sociedade como participante ativo da solução.
- Population Impacted:
- Continent: América do Sul
Primeiro nome
Sobrenome
Tipo de organização
Análise de contexto
O tráfico ilegal de vida selvagem, juntamente com a perda de habitat e a introdução de espécies exóticas invasoras, está levando muitas espécies à extinção. Mundialmente, ocupa uma das primeiras posições dentro das principais atividades ilegais, depois do comércio de armas e drogas. Estima-se que esse comércio movimente cerca de US$ 20 bilhões anualmente. Soma-se a outras atividades ilícitas frequentemente frequentes, como lavagem de dinheiro, corrupção e falsificação de documentos.
Em nosso país, grande parte dos animais silvestres capturados ilegalmente tem como destino final o mercado de animais de estimação e/ou coleções particulares. Os principais pontos de venda são feiras, veterinários e pet shops, sites de e-commerce e redes sociais. Por sua vez, as peles, couros e outros subprodutos são muito procurados, tanto a nível nacional como internacional.
Estima-se que nove em cada dez indivíduos capturados morram no trânsito antes de serem vendidos devido às más condições (superlotação, falta de alimentos, etc.) a partir do momento em que são capturados, transportados e chegam ao ponto de venda. Isso, por sua vez, traz sérias consequências para a saúde pública, uma vez que os animais traficados podem transmitir doenças graves aos seres humanos.
Existe um grande número de diferentes regulamentos hierárquicos que garantem a proteção da fauna. No entanto, esse flagelo da biodiversidade continua diminuindo por falta de conhecimento e que esse problema não seja tomado como política de Estado.
É fundamental levar esse problema ao conhecimento de todos os órgãos de controle e comunidades para proteger e conservar a biodiversidade.
Descreva a solução técnica que você queria que o público-alvo adotasse
Conservar a natureza implica conhecê-la, compreendê-la e conectar-se com ela. Buscamos aproximar diferentes públicos e mostrar como o acariciar a vida selvagem leva à perda da biodiversidade e afeta nossa saúde. Realizamos workshops, congressos e formações que visam a valorização da fauna do nosso país, com especial enfoque nas vítimas do tráfico ilegal. De atores primários como forças de controle; bem como municípios, veterinários, professores e alunos. Queremos que as pessoas vejam a posse de animais silvestres de forma negativa e denunciem sua venda. E procuramos que as forças de segurança consigam identificar as espécies traficadas e consigam manuseá-las em segurança para que cheguem aos centros de salvamento, para serem reabilitadas e depois introduzidas no seu ambiente. Buscamos atingir tanto as regiões de extração de animais silvestres quanto os principais centros urbanos onde ocorre o comércio ilegal.
Descreva sua intervenção comportamental.
A experiência e as informações confiáveis que podemos fornecer de nossa ONG centenária garantirão que o público tenha as ferramentas necessárias para realizar ações que mitiguem o tráfico ilegal. De vários pontos do país temos sido convocados para divulgar e aconselhar as comunidades locais e assim poder propor soluções futuras. É por isso que nos propusemos a capacitar tanto os cidadãos quanto os membros do governo para que eles mesmos gerem e avaliem diferentes propostas, de acordo com o que corresponde em sua região, com base em sua realidade e possibilidades.
Colaboramos com o empoderamento das comunidades por meio da informação, o que ajuda a gerar pressão no Estado para a tomada de decisões e, adicionalmente, estamos envolvidos na capacitação dos órgãos estaduais, que devem ter ferramentas para enfrentar o problema.
Alavancas Comportamentais Utilizadas
Conforme necessário, explique como você utilizou a(s) alavanca(s) com mais detalhes.
Procuramos gerar um sentimento de identificação e pertença ao património natural uma vez que não é possível cuidar do que não se conhece, provocando assim orgulho e motivação para originar ações futuras.
Realizamos treinamentos voltados para diversos públicos onde trabalhamos na identificação do problema, compartilhamos informações e buscamos possíveis soluções dentro da área em que atuamos, seja junto à comunidade civil ou órgãos estatais.
Fornecemos ferramentas de manejo da fauna para os agentes de controle.
Geramos material gráfico para resolver o problema.
Socialmente buscamos que dentro das comunidades haja conhecimento, informação e possíveis soluções que lhes permitam trazer estratégias perante diferentes organizações (civis, acadêmicas, governamentais) para poder replicá-las.
Geramos comprometimento nos cidadãos em fazer denúncias.
Descreva sua implementação
Geramos espaços de encontro como workshops, treinamentos e palestras para a comunidade onde apresentamos o problema, oferecemos possíveis medidas e melhoramos a sociedade para ter um papel ativo como parte da solução.
Disponibilizamos aos professores diversas ferramentas necessárias para trabalhar o tema em sala de aula e na comunidade, desenvolvendo material gráfico e digital. Mostramos a importância de seu papel como agentes multiplicadores dessa disciplina e a necessidade de introduzir a disciplina no currículo escolar, de forma permanente e em todos os níveis de ensino.
Capacitamos órgãos de controle em diferentes partes do país, colaboramos com denúncias e investigações e geramos material de referência como manuais de manejo e guias de identificação de espécies.
Também participamos de eventos relacionados à biodiversidade e há oito anos organizamos criteriosamente o evento "Más Vale Volando" , onde abordamos o Tráfico de Animais Silvestres desde a conscientização, participação cidadã, arte e também de forma lúdica, através dos passeios de observação de aves e a plantação de espécies autóctones, evento que se repete em vários pontos do país, com o lema de que a melhor forma de apreciar as aves selvagens, e a fauna em geral, é observá-las em liberdade.
Geramos material gráfico direcionado a todos os públicos e realizamos campanhas em nossas redes sociais (mais de 190.000 seguidores) para atingir o maior número de pessoas possível.
Devido à falta de informações estatísticas oficiais, geramos diversos relatórios de pesquisas sobre a venda de animais silvestres nas redes sociais e também sobre apreensões e resgates realizados no país. Esses relatórios são entregues às autoridades correspondentes.
Descreva a liderança para sua solução. Quem está liderando a implementação?
O Programa de Tráfico Ilegal de Animais Silvestres é liderado desde 2014 por M. Cecilia Maqueda, graduada em Ciências Biológicas que coordena uma equipe de voluntários de diferentes idades e profissões. Entre eles, Naturalistas de Campo, Técnicos em Conservação, Uso e Controle de Recursos Naturais, Graduados em Ciências Ambientais, Graduados em Comunicação e Veterinários. Isso nos permite abordar o assunto com grande profissionalismo e experiência, desde como comunicar o problema, suas implicações ecológicas, até conselhos sobre manejo da fauna e esforços interinstitucionais. Cada um deles podendo incorporar, com seu conhecimento e experiência, as melhores estratégias para enfrentar o trabalho da equipe e assim conseguir cumprir os objetivos.
Compartilhe alguns dos principais parceiros ou partes interessadas envolvidos no desenvolvimento e implementação de sua solução.
Os Clubes de Observadores de Aves são grupos e membros de Aves Argentinas que trabalham pela conservação das aves e seus ambientes, realizando todo tipo de atividades voltadas para a observação de aves e educação ambiental em todo o país. Muitos desses clubes trabalham o problema do tráfico de animais silvestres em nível local, apresentam ações de conscientização e gestão. Alguns deles conseguiram, inclusive, trabalhar em conjunto com os municípios para criar regulamentos que protejam a fauna local.
Também temos vínculo com instituições e ONGs dedicadas ao resgate e reabilitação de animais silvestres, como a Fundação Caburé-í e Temaiken, com ampla experiência e seriedade.
Fizemos um convênio de colaboração com o Ministério Público da Cidade de Buenos Aires. Nesse âmbito, assessoramos e realizamos workshops para integrantes da Unidade Fiscal Especializada em Matéria Ambiental (UFEMA) e colaboramos com diversas denúncias. A referida Promotoria tem acompanhado o número de casos relacionados a esse problema nos últimos anos.
Também temos convênio com o Colégio de Magistrados e funcionários do Poder Judiciário da Cidade de Buenos Aires. Trabalhamos em constante contato com a Divisão de Crimes Ambientais da Polícia Federal Argentina e com as Diretorias de Fauna de diferentes províncias.
Estamos convencidos de quão valioso e necessário é o trabalho vermelho para poder enfrentar este tipo de problema em todas as suas facetas.
Quem adotou o(s) comportamento(s) desejado(s) e em que grau? Inclua uma explicação de como você mediu uma mudança de comportamento.
2.200 pessoas participaram de oficinas para conhecer o problema e as estratégias para combatê-lo.
Atingimos mais de 500 professores e alunos, atores importantes em seu papel de multiplicadores junto à comunidade escolar. Aqueles que organizaram suas próprias oficinas e campanhas de divulgação, participaram de solturas de espécimes reabilitados, destruíram seringueiras e organizaram passeios de observação de pássaros. O mesmo aconteceu com os 200 alunos e graduados de veterinária.
Acompanhamos mais de 300 integrantes do COA, que têm papel fundamental na divulgação e gestão das ações em suas respectivas localidades.
Treinamos mais de 1.500 membros de diferentes forças e pessoal judiciário. Nesse período de trabalho conjunto, o número de denúncias aumentou, o que gerou um grande número de animais resgatados.
10 campanhas realizadas nas redes sociais alcançaram uma média de 25 mil pessoas cada.
Recebemos mais de 1.500 consultas e pedidos de orientação sobre reclamações.
Como você impactou o meio ambiente (conservação da biodiversidade, ecossistemas, etc.)? Por favor, seja específico e inclua a metodologia de medição quando relevante.
Centenas de indivíduos da vida selvagem foram resgatados, reabilitados e libertados graças à rede. Fornecemos registros de vendas ilegais na Feira de Pompeia para a Promotoria de Meio Ambiente da CABA e realizamos treinamento para sua equipe. Após o trabalho investigativo, incursões e recuperação de espécimes em conjunto, planejou-se desestimular a venda no local. Ações acompanhadas de mural artístico e palestras de conscientização para os munícipes que frequentavam o local.
Nos últimos anos, o referido Ministério Público trabalhou em 36 investigações que levaram ao resgate de mais de 2.000 espécimes apreendidos, muitos deles recuperados e liberados em sua área natural de distribuição.
Mais de 1.000 espécimes foram resgatados pela Polícia Federal, onde intervimos em algumas das denúncias e nas liberações.
Em conjunto com o Programa Cardeal Amarelo, mais de 200 indivíduos dessa espécie ameaçada foram recuperados nos últimos anos.
Como sua solução impactou os desafios de equidade (incluindo raça, etnia, classe social/renda, comunidades indígenas ou outros)?
Com a intenção de mudar os hábitos de caça como um dos meios de subsistência, geralmente em comunidades rurais ou de baixa renda, trabalhamos os benefícios da observação de aves não só para cuidar do meio ambiente, mas também como uma alternativa para impulsionar o desenvolvimento de uma forma sustentável economia. Por exemplo, o turismo de natureza que gera oportunidades de desenvolvimento para as economias regionais torna-se fonte de renda para as comunidades locais, aproveitando os recursos que a natureza oferece e que são ideais para geração de trabalho e inclusão de forma sustentável e harmoniosa com o meio ambiente.
Quais foram alguns co-benefícios sociais e/ou comunitários?
A aquisição de conhecimento e ferramentas sobre possíveis soluções para diminuir o tráfico ilegal da fauna nativa de um local, leva comunidades e governos a trabalharem de forma sinérgica para a proteção da biodiversidade e dos benefícios que isso acarreta para toda a população.
Quais foram alguns co-benefícios do desenvolvimento sustentável?
Uma das consequências do tráfico ilegal é o seu impacto na saúde pública. Os indivíduos capturados sofrem maus tratos (superlotação, falta de alimentação), levando-os a adquirir doenças transmissíveis aos humanos. Conhecer os animais permitidos e a responsabilidade sobre eles é fundamental para prevenir e cuidar da saúde pública. Também treinamos as forças de controle no manejo da fauna para que tenham as ferramentas básicas para manejá-la.
Sustentabilidade: Descreva a sustentabilidade econômica de sua solução.
Contamos com mais de 3.000 membros que com o seu contributo nos acompanham na conservação das aves e dos seus ambientes naturais, ajudando-nos a proteger as áreas selvagens do nosso país através da conservação e educação.
Em certas ocasiões, diferentes Municípios, Faculdades ou COA foram os que pagaram as despesas para que pudessem realizar ações em suas localidades, sendo sede de vários eventos.
No entanto, para replicar e expandir nosso trabalho, alcançando mais regiões, localidades e público, é preciso ter mais recursos para cobrir custos de viagens, diárias e materiais.
Retorno do investimento: quanto custou para implementar essas atividades? Como seus resultados acima se comparam a esse investimento?
O custo da soma das actividades desenvolvidas ao longo de todos estes anos é difícil de apurar uma vez que parte se deveu ao contributo dos nossos parceiros, e outra parte foi coberta por iniciativas de outros actores (COA, Faculdades, Municípios, Governo , etc). No entanto, cabe esclarecer que as atividades realizadas não exigem um alto custo de investimento, mas é necessário dispor de recursos para poder abranger um número maior de público e ser constante ao longo do tempo.
Como poderíamos replicar com sucesso esta solução na América Latina?
A América Latina é uma das regiões com maior extração de animais silvestres para o mercado ilegal internacional. É importante divulgar esse problema para realizar ações preventivas. Apenas pessoal treinado é necessário para poder replicar a mensagem e as despesas básicas de mobilidade e material que acompanham as oficinas. Isso deve estar associado ao comprometimento dos órgãos de controle e da esfera judicial que coordenam esforços aplicando políticas de prevenção e sanções efetivas para aqueles que ameaçam a biodiversidade. Nesse sentido, surge a necessidade de um conhecimento real do problema e por isso é necessário o papel das ONGs ambientais para chegar a essas informações e gerar espaços de capacitação e assessoria.
Também é importante que haja campanhas de divulgação, educação, conscientização e participação cidadã para valorizar e gerar compromisso com o cuidado da biodiversidade.